Ayahuasca, Ahuasca - halluzinogenes Getränk aus der Urwaldpflanze Banisteriopsis
caapi, das im Amazonasgebiet Perus, Kolumbiens und Brasiliens zu rituellen
Zwecken benutzt wird, u.a. auch in der Casa de Jesus
sowie der Colônia Cinco Mil in Rio
Branco, auch in religiösen Stätten Porto
Velhos; Synonyme: Caabi,
Capi, Banisteriopsis, Morton, Cipó,
Santo Daime; vgl. v.a. "Die Ahuascasucher" (Lazarus 187ff.
bzw. Explosion 478-495; s. auch Explosion 501f., 548); "Am Amazonas haben
sich in den letzten 50 Jahren afroamerikanische Ayahuasca-Kulte herausgebildet
und auch in der Casa das Minas wuchs eine Ayahuasca-Ranke (Caabi, Caapi Miriri =
Banisteria caapi Spruce)." (Hubert Fichte: Die Pflanzen der Casa das Minas
(Fotos Leonore Mau); in: curare. Ethnobotanik-Ethnobatany. Beiträge und
Nachträge zur 5. Internationalen Fachkonferenz (Curare Sonderband
3) Braunschweig und Wiesbaden 1985, S. 241-246); zu ayahuasca findet sich kaum deutschsprachige Forschungsliteratur;
"Only a few species of Banisteriopsis
have been investigated chemically, and the first stimulus for the chemical
work was the finding in the middle of the last century by the British explorer
Spruce that a woddy vine, which he classified as Banisteria caapi, later known as Banisteriopsis caapi, was the main ingredient employed in the
preparation of an intoxicating drink by certain tribes living in the Amazonia
Brazil." (Deulofeu 393);
"A plant identified as B. caapi
Spruce was investigated many years later by Hochstein and Paradies. It was
harvested near Iquitos, in Peru, where it was named ayahuasca. They confirmed
the presence of harmine and isolated also harmaline and (+)-tetrahydroharmine.
[...]" (Deulofeu 394); Wirkstoff: Harmala Alkaloid
(Deulofeu, Naranjo);
"Ayahuasca ist ein berauschendes Getränk, zubereitet aus der tropischen
Kletterpflanze Banisteriopsis caapi, die im amazonischen Urwald von
Brasilien, Kolumbien und Peru wächst. Wegen der in Banisteriopsis
enthaltenen Alkaloide, wie Harmin und Harmalin, fand Ayahuasca schon immer
Verwendung
in den Zeremonien der Indios dieser Gebiete. [usf.]"
(Jilek 299ff.); "13 km from
Rio Branco is Colônia Cinco Mil
(access along AC-10, a religious centre of the followers of the Santo Daime
doctrine: its members (many originally from outside Acre and Brazil) live a
communal life, working in agriculture and producing crafts made of latex [d.i.
vmtl. Casa de Jesus?]; the religion
centers around the use of Ayahuasca, a hallucinogenic potion adopted from local
indians and made of herbs and barks including Japurana leaves (Psychotica
viridis) and Jagube bark (Banisteriopsis caapi). Visitors are usually welcome,
but enquire before-hand." (South American Handbook 619); Sangirardi hat ein
Kapitel "Ayahuasca, caapi ou yajé. A
Bebida das Viagens Prodigiosas", Sangirardi 173ff. Darin: "Narcótico
e alucinógeno dos índios do nordoeste do Brasil e das religões a leste dos
Andes, o yajé, caapi ou ayahuasca é, preparado com lianas da família dos
Malpigniáceas." (Sangirardi 173); "O ayahuasca, também chamado caapi
ou yajé, é uma trepadeira de caule nodoso e espiralado. Com a parte inferior
do caule é preparada uma bebida alucinógena." (Sangirardi
175); "Banisteriopsis caapi
(Spr. ex Griseb.) Mort. Banisteria
caapi Spr.). / Planta escandente, de até 30m ou mais, caule retorcido e
nodoso. Spruce: »Caule da grossura dum polegar (stem = thumb), mais
grosso nas juntas.« [Spruce, Richard: Notes of a botanist on the
Amazon and Andes (1848-1864). Ed. condensed by A. R. Wallace. London, Macmillan 1908, p. 141, 145, 415-421, 423-425, 523] Há, porém,
caules muito mais grossos. Folhas opostas, oval-acuminadas. Ao nível das
nervuras, pêlos em forma de navetas, peculiares das malpiguiáceas. No apice do
pecíolo, duas glândulas nas partes ínfero-lateirais. Inflorescência bem
maior do que as das espécies seguintes, formando cormibos umbeliformes, em panículas
piramidais. Pedúnculos das umbelas bem curtos. Flores róseas, pentâmeras. Câpsulas
muricado-cristadas, que se prolongam, de um lado, até uma asa semi-obovada, de
cor branca esverdeada. E mais as seguintes espécies afins: / Banisteriopsis
inebrians Mort. / B. quitensis
(Nzu.) Mort. / B. rusbyana (Nzu.) Mort. Sin: oco-yajé,
chagro-panga. / / Cabi
paraensis Ducke sin.:
cabi-do-Pará / Embora semelhante ao
Banisteriopsis caapi, diferenças importantes levaram Ducke a criar o novo gênero
/ Cabi: o fruto não é alado e as flores são amarelas e não róseas."
// sin.:
Caapi, caapí e, segundo Ducke, capí
e cabí. Paroxítona na região
andina, no Brasil pronuncia-se caapí,
oxítona. Explica Spruce que os portugues transformaram o vocábulo em capim,
o qual, em tupi ou língua-geral, corresponde ao inglês grass.
/ Caapí significa folha fina,
delgada. Barbosa Rodrigues grafou kaapiy:
»Kaa, herva, pi, pelle, y, fina, pelle
fina de hervas.« / O nome ayahuasca é quichua e significa liana dos espíritos,
liana dos sonhos, liana da morte, liana do homem morte:
aya, »alma«, »espirito« + huasca,
»liana«, »cipó«. Inúmeras variações e corruptelas: / cayahuasca,
jayahuasca ou xayahuasca, »liana amarga«, aioasca,
auasca, uasca, etc. / Outros nomes:
yajé, que também aparece grafado
yagé ou yagê, kahi
(índios Yekuaná, Venezuela); natema
(índios Jivaro, Equador e Peru); cadána
(índios Tukano, rio Uaupés); e, no Equador, pinde
(índios Kayapa), nepê e nepi (Colorado)." (Sangirardi 173f.); Sangirardi spricht auch von dem
Fehler Reinburgs, 1921, der caapi und ayahuasca
als Namen für Banisteria spp. ansah
und das Yajé etwas anderes sei, und
zwar die Spezies: Haemadictyon amazonicum.
Diese falsche Ansicht wurde weiter verbreitet, u. a. von Mors & Rizzini. (vgl. Sangirardi 174); "O nome vulgar yajé é sinônimo de caapi e
ayahuasca e tem como base, no seu preparo, malpiguiáceas do gênero
Banisteriopsis (Banisteria). Outros plantas podem ser usadas como aditivos,
excluindo-se, pela evidência de provas existentes, justamente a Prestonia
amazonica Macbr. (Haemadictyon
amazonicum Benth.)." (Sangirardi 175f.); "Em Rondônia o ayahuasca
é amplamente consumido. Em Porto Velho é droga do centro espírita União
Vegetal, que tem uma »filial« no Rio de Janeiro, transferindo-se, mais tarde,
para Jacarepaguâ." (Sangirardi 181f.).
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